As ideias econômicas e monetárias do mercantilismo
Continuando sobre o tema mercantilismo abordado na última postagem, confiram abaixo as ideias econômicas e monetárias do mercantilismo.
As ideias referentes à moeda
Verifica-se, no século XVI, na Europa, um considerável afluxo de metais preciosos.Ora, nessa mesma época, e, sobretudo na segunda metade desse século, experimentaram os preços, nos principais países da Europa, uma rápida e considerável alta, alta essa que transforma e desequilibra as condições de vida econômica e social.Os trabalhadores, principalmente, são seriamente atingidos pelo fenômeno.A sobrevivência das idéias medievais do justo preço e justo salário cristaliza a taxa dos salários, a despeito da elevação do custo de vida, em nível imutável.O descontentamento se generaliza, a opinião publica se inquieta.
Com o auxilio de estatísticas demonstraram ser a elevação dos preços superior havida no valor das moedas e a verdadeira causa do fenômeno residir, portanto, no enorme aumento do estoque monetário metálico. A abundancia de metais preciosos é a determinante de uma concepção central do mercantilismo: a ideia metalista.
A ideia metalista
Essa ideia foi deduzida da seguinte observação: a prosperidade dos países parece estar na razão direta da quantidade de metais preciosos que possuem.É preciso dar a essa ideia “metalista” seu verdadeiro sentido.Os mercantilistas não vêem o ouro e a prata como a única riqueza, mas os consideram como o mais perfeito instrumento de aquisição da riqueza.
Em resumo: três são os principais fundamentos da ideia metalista. Um, decorrente do fato de se associar a ideia de moeda riqueza (isto, alias, com as devidas reservas já indicadas); outro, consistente no caráter de durabilidade da riqueza metálica, e o ultimo, enfim, oriundo da necessidade de dinheiro para a guerra.
Os sistemas mercantilistas
Tendo o mercantilismo durado três séculos e reinado em deferentes países, foi necessariamente obrigado a evoluir no tempo e no espaço. Exprimiu-se, pois, através de um grande numero de sistemas, como as cinco formas seguintes: a espanhola ou bulionista; a francesa ou industrialista; a inglesa ou comercialista; a alemã ou cameralista e a fiduciária. Foi nessa ordem que o pensamento mercantilista se desenvolveu de 1450 a, mais ou menos, 1750: passando por essas formas, diversas e sucessivas, evoluiu o mercantilismo, indo, nas suas principais aplicações, de um intervencionismo rigoroso a um intervencionismo mais inteligente e sutil.
Bibliografia:
Paul Hugon, Historia das doutrinas econômicas, 14º edição, São Paulo, Editora Atlas S.A.-1995.
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