RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO – O HOMEM E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO
O HOMEM E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
“Dize-me como é a tua comunicação e te direi como é a tua sociedade”, a comunicação não se resume apenas em uma ferramenta de interação, ela é muito mais do que isso!
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
O desenvolvimento organizacional é um dos aspectos atuais mais importantes da Psicologia Organizacional. Ele tem como objetivo melhorar o sistema aplicado nas organizações na execução de tarefas, de modo a unir a satisfação do trabalhador e a eficiência da organização.
As mudanças rápidas que estão acontecendo em todas as instituições básicas da sociedade fizeram o desenvolvimento organizacional aparecer para de certa forma educar dentro de um contexto complexo as atitudes, valores, comportamentos, e a estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adequar melhor às evoluções, mercados, tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo em uma crescente progressão.
A organização irá se tornar mais eficaz, perfeitamente adaptável às mudanças e conciliando as necessidades humanas fundamentais com os objetivos e metas da organização. O desenvolvimento organizacional exige a participação ativa, aberta e não manipulada de todos os elementos que serão sujeitas ao seu processo, colaborando com sinergia.
PODER NAS ORGANIZAÇÕES
O poder organizacional é baseado essencialmente nos fundamentos teóricos de Max Weber, teorias das quais inflige nas relações entre os diferentes níveis da organização e as estruturas hierárquicas. Segundo Weber, o poder não se restringe às estruturas formais, ele concentra sobre o exercício da autonomia que os membros de uma organização podem ter, membros que não necessariamente estão em posição de autoridade formal.
Um elemento central na alise da construção do poder organizacional é a obediência. Para estabelecer e regulamentar os indivíduos juntamente com a coletividade da organização, utiliza-se de mecanismos reguladores, esses podem se apresentar sob a forma de supervisão, rotinização, formalização, automatização e da legislação.
Todas as organizações consideradas eficazes tentarão estruturar algumas práticas estratégicas globais de disciplina. Tais práticas reforçam o desejo de obediência e constituem, no plano organizacional, formas de criatividade e produtividade. Algumas práticas são discutidas seus limites como ouvir as chamadas telefônicas dos funcionários, emissão de mensagens subliminares etc.
O poder é alicerçado nas trocas de trabalho por salário. Ele é a forma de influenciar que demonstra um tipo de coordenador para cada caso em que este se configure.
ESTILOS DE COORDENAÇÃO
Constituindo um dos estilos de coordenação está o poder, ocorre quando a forma de influenciar tem que ser baseada na coerção física ou psicológica, a fim de que o influenciado venha a comportar-se como deseja o influenciador. Em outro pólo está a autoridade, que se caracteriza quando o influenciador age, sem a necessidade de coerção, pela sujeição normativa.
O terceiro estilo de coordenação é voltado para a sujeição utilitária, baseado na remuneração, onde o controle do comportamento é influenciado calculando o que cada um pode oferecer ou barganhar, por meio da distribuição de pagamentos e benefícios.
FIGURA DO COORDENADOR
O coordenador é necessário em uma organização para assegurar que as metas serão alcançadas, é ele que dirá quem faz o que e quando, influenciando os membros do grupo e podendo utilizar os diferentes estilos para coordenar, como a imposição do poder ou autoridade, e a coordenação com base nas trocas.
Transformar Executivos-Gerentes em Executivos-Líderes
As diferencias do líder são fundamentais para o desenvolvimento da organização, ele possui além da capacidade de gerir e administrar o momento atual, encontra-se apto para produzir alterações que tornem a organização flexível, capaz de adaptar-se às mudanças constantes e à velocidade em que elas se processam. Desse modo ele se torna muito mais do que gerente-executivo, revelando um verdadeiro empreendedor, alguém que pode fixar o conceito da transformação como continuidade, não só para a empresa, como também para seus componentes.
As principais características do executivo-líder são: considerar a dificuldade como uma chance para crescer; viabilizar sugestões, em vez de reclamar; utilizar o pensamento lógico; não procurar culpados; acreditar naquilo que faz e nos que agem; considerar o trabalho não como obrigação aborrecida mas um meio de realização pessoal.
Obter “Comprometimento” ou Fazer “Vestir a Camisa” da Empresa
A mola propulsora da satisfação do homem pode genericamente ser compreendida como sua realização como ser, ou seja, no âmbito da atuação econômica, o trabalho significando, além da compensação financeira (material), a possibilidade de um futuro melhor, realização no presente e, no amanhã, compensação psicológica.
COMUNICAÇÃO HUMANA
A comunicação humana é outro ponto a ser examinado no que se refere aos aspectos humanos nas organizações. Ela permite o chefe ou o líder se movimentarem dentro das organizações, obtendo informações que são veiculadas por pessoas que se comunicam, nas tentativas de mutuamente se influenciarem. A informação designa a situação atual de um fenômeno, o qual pode apresentar um número infinito de estados. Um exemplo aplicado da informação dentro das relações humanas é a informática, ela permitiu não só a mecanização dos serviços manuais, como também mudanças estruturais da própria organização, pela automação centralizada dos procedimentos.
VARIÁVEIS CULTURAIS DAS ORGANIZAÇÕES
O fenômeno social denominado cultura é importante no complexo organizacional, pois pode ocorrer o chamado choque cultural quando a pessoa se transfere de uma sociedade para outra, na qual tem dificuldades de compreender o comportamento dos outros e adaptar os próprios.
As variáveis culturais são: tecnologia, a qual está ligada às transformações, englobando os resultados obtidos, os processos utilizados, os insumos necessários e os meios de comunicação; instituição, constituída pelas normas e a burocracia; e os sentimentos, o qual é centrado nas pessoas e em suas relações com o grupo formal e informal de trabalho.
MOTIVAÇÃO
A motivação é um comportamento que busca a satisfação no trabalho, suas manifestações são refletidas de forma negativa ou positiva. “Aparentemente nós funcionamos melhor quando estamos lutando por alguma coisa que necessitamos, quando desejamos alguma coisa que não temos. O objetivo dessa luta varia de acordo com as circunstâncias” (Fleury, 1983:29). Nesse raciocínio, pode-se dizer que o trabalho é o meio pelo qual as pessoas procuram satisfazer as suas necessidades.
LIDERANÇA
O líder é uma pessoa que dirige a empresa centrada em sua visão pessoal, levando em conta muito mais sua realidade interior para depois considerar o ambiente ou determinado mercado. O imaginário tem grande influência na maneira de agir do líder, constata-se também a influência da realidade psíquica sobre a direção que se queira dar à administração de uma organização.
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL
O recrutamento do candidato a trabalhar em uma organização é feito usando-se algumas técnicas de publicidade, bem como considerando-se o estabelecimento de seleção prévia pela exigência de alguns requisitos como idade, sexo, grau de instrução, anos de experiência etc. Os critérios para seleção são referentes à formação profissional do candidato e a respeito de suas potencialidades psicológicas.
TREINAMENTO
O treinamento é caracterizado pelo esforço planejado, organizado, especialmente projetado para auxiliar os indivíduos a desenvolverem suas capacidades. Os propósitos do treinamento são: aperfeiçoamento do conhecimento e das habilidades de trabalho, transmissão de informações, e modificações de atitudes.
EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DO TRABALHO
Individualmente a experiência do trabalho resulta em atitudes e indica o grau em que uma pessoa se identifica com seu trabalho ou com a importância deste para a sua auto-imagem. O significado do trabalho para uma pessoa é um dos meios de indicar a qualidade de seu envolvimento com ele, levando em conta a satisfação e a motivação em trabalhar.
TRABALHO E LAZER
A distinção entre trabalho e lazer pode ser classificada pelo investimento que uma pessoa faz com o seu tempo. O paradigma da sociedade industrial descreve o trabalho como sendo exigência social, contribui com algo pelo que se paga, enquanto o lazer é uma exigência individual que colabora para a auto-satisfação.
ENGENHARIA HUMANA
A engenharia humana contribui para tornar o trabalho do homem mais fácil e melhor, esforçando para solucionar os problemas, nivelando seres humanos e máquinas, de maneira que a combinação seja cômoda, segura e eficiente. Objetiva aumentar a produtividade, a integração e a moral dos trabalhadores, adaptando o trabalho ao homem. Contudo, ela desenvolve sistemas em que a combinação de homens, de máquinas e de métodos esteja o mais próximo possível daquilo que é considerado ótimo ou ideal.
GRUPOS DE TRABALHO
Tentando solucionar a complexidade do trabalho humano, percebe-se que o trabalhador contribui ao máximo em uma organização quando sente que pertence a um grupo de trabalho. Henry Smith (1976:168-171), aponta treze dimensões de análise dos grupos de trabalho: homogeneidade, intimidade, permeabilidade, estabilidade, controle, estratificação, tom hedonístico, coesão, polarização, autonomia, flexibilidade, capacidade e participação.
A eficiência de um grupo é determinada pelos seus objetivos, mas também pela maneira de atingi-los. Quanto mais eficientes forem os grupos de trabalho, tanto mais plenamente se pode fazer uso dos recursos humanos.
CONCLUSÃO
A comunicação, tema principal desse trabalho e do livro comentado, foi alvo de muitas observações, críticas, reflexões, sugestões etc. O fator principal abordado durante esse longo processo foi a sua importância, de como trabalhamos com ela, manipulando ou recebendo a manipulação.
A visão de poder que a comunicação possui é extraordinária, tanto que os meios de comunicação atuais praticamente detém controle sobre a intenção de voto, sobre o gosto para com um artista musical, de um fato marcante que querem dar ênfase, ou seja, qualquer informação se quiserem podem alienar e fazer com que todos comentem e falem sobre ela.
Um estudo que deveria ser feito é como mudar a mentalidade cultural de absorção das informações, fazer como que pelo menos a maioria da população tenha visão crítica sobre tudo que é apresentado. A solução de quase 90% é uma melhor educação.
REFERÊNCIAS E FONTES CONSULTADAS
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia da administração. São Paulo: Atlas, 1997, p. 144-164.
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