Administração

O cenário atual da economia brasileira – Ameaças e Oportunidades para as empresas

O cenário atual da economia brasileira poderia ser definido por uma única palavra “incerteza”. Palavra essa também usada pelo ministro da fazenda Joaquim Levy como explicação pela queda de 0,2 % no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2015, em declaração à mídia recentemente. A “incerteza” em uma visão mais pessimista da economia traduz que o Brasil ficará com uma economia estagnada nesse ano e talvez até no próximo, é o que diz a maioria dos empresários e especialistas no assunto. Os dados divulgados pelo IBGE da parcial do PIB de 2015 nos deixa claro como estão alguns setores da economia, o setor de serviços e da indústria, por exemplo, vem tendo um acentuado resultado negativo, o consumo das famílias e dos investimentos tiveram recuo e o setor agropecuário mantém ainda resultados positivos. O baixo consumo das famílias em parte pode ser explicado pelo fim de alguns programas de incentivo ao consumo e a menor oferta de crédito, já o declínio dos investimentos vem da falta de confiança na economia brasileira e falta de infraestrutura crônica que acompanha o Brasil a décadas. O Governo Federal se vê com as mãos atadas quanto aos novos incentivos ou intervenção econômica visto que essas medidas foram já esgotadas em anos anteriores feitas até em algumas ocasiões de maneira mal planejada onde gerou um enorme passivo com a arrecadação não acompanhando, a aposta dele é no ajuste fiscal que no momento está sendo barrada pelo parlamento e não conseguimos ver progresso em um curto espaço de tempo. Como se não bastasse os enormes gastos do governo com a realização da Copa do Mundo de Futebol no ano passado que tiveram investimos quase 100% públicos, ainda teremos as Olimpíadas em 2016! O equilíbrio das contas públicas é considerado algo utópico por alguns especialistas, mas é certo que medidas como a simplificação do sistema tributário daria novas oportunidades e maiores faturamentos para a maioria das empresas do Brasil. Sobre a balança comercial temos notícias boas, o país exportou mais do que importou, expansão de 5,7% das exportações contra 1,2% das importações, até mesmo puxadas pela desvalorização da moeda nacional. A inflação subindo e os baixos índices de crescimento aliado com a inadimplência crescente faz evidentemente como manobra básica macroeconômica os juros aumentarem e a oferta de crédito ao mercado tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas diminuírem.

Nesse cenário de pouca oferta de crédito e altas taxas de juros levam as empresas goianas a duas realidades, a primeira é das empresas que dependem de crédito para “respirar”, ou seja, usam frequentemente o crédito nos bancos para financiar seu capital de giro, essas empresas se não mudarem a sua estratégia poderão sucumbir nesse ano. A segunda realidade é das empresas que não dependem do crédito para seu capital de giro, que geralmente possuem atividades com alta margem de contribuição e em sua maioria mantém um controle rígido do seu fluxo de caixa e até realizam um planejamento financeiro, essas empresas terão a postura conservadora quanto a captar empréstimos e financiamentos visto ao atual cenário econômico.

O atual momento da economia retratada no parágrafo anterior como já foi mencionado será devastador para as empresas que dependem do crédito para suas atividades operacionais, que financiam mensalmente seu capital de giro como operações de desconto de recebíveis e os créditos para capital de giro como o cheque especial, conta garantida e o Giro, para essas empresas a principal ameaça será a diminuição da oferta de crédito, a alta taxa de juros e a falta de preparo para lidar com situações de baixa demanda no mercado. Já as empresas que já vem planejando suas atividades, que já se precaveram com a realidade econômica futura terão mais chances de se consolidarem no mercado visto que as outras empresas despreparadas logo sairão do mercado e então será a hora para alcançar maiores margens de lucro e maiores participações no mercado antes pulverizado por um maior número de empresas atuantes.
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