Administração

A importância da gestão do conhecimento para o administrador

O PAPEL DO ADMINISTRADOR
As funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar.

Planejar: definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos, ou como ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório. O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.

Organizar: pode-se constatar que se fosse possível sequenciar, diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa. Logo, organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo organizacional tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas.

Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados.

E por último controlar, que estando a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios.

A eficiência e eficácia de todas as funções do administrador dentro de uma organização nos atuais cenários do mercado onde ser competitivo é o único meio de sobrevivência, está entrelaçado à gestão do conhecimento, pois os ativos intangíveis são a principal riqueza no século XXI. O entendimento desse contexto poderá ser dado com uma melhor explicação sobre como a gestão do conhecimento atua no meio organizacional.

GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES
Do discurso para a prática há certa distância, pois, muitas vezes, confunde-se conhecimento com informação. Por isto, observamos que existem empresas fazendo gestão da informação e não do conhecimento. Gerenciar conhecimento é um processo extremamente longo e laborioso de mudanças, com resultados a médio e longo prazo. O que se está discutindo é uma mudança profunda, que redefine completamente as organizações e o papel do gestor, que passa a ser, na definição de Peter Drucker, “o responsável pelo melhor uso e aplicação do conhecimento organizacional”.

Na verdade, o conhecimento é um algo mais, é uma capacidade de selecionar um caminho que irá levar mais facilmente a atingir determinados objetivos. Antes de gerenciar o conhecimento, uma organização deve, portanto, definir aonde quer chegar, que espaço quer ocupar no mercado, para que se possa criar ambiente propício para que o conhecimento seja utilizado de forma a apoiar estrategicamente a empresa.

Para o melhor uso do conhecimento, conforme citado por Peter Drucker, é necessário que tenhamos, ao invés de chefes, líderes que gerenciem estimulando o colaborador a compartilhar o seu conhecimento. Mas, se conhecimento durante muito tempo foi sinônimo de poder, como fazer as pessoas compartilharem? É preciso quebrar um velho paradigma da “Era Industrial” que tinha como premissa o fato de que compartilhar está ligado a perder.

O conhecimento só tem significado quando vemos a sua aplicabilidade, ou seja, o que faço com o meu conhecimento é que me diferencia. Portanto uma organização hoje terá garantido o seu diferencial competitivo se ela sabe o que conhece e o que faz com o que conhece. Os produtos e serviços provenientes do seu capital intelectual dificilmente outra empresa poderá copiar.
A IMPORTÂNCIA PARA O ADMINISTRADOR
O conceito de capital social surgiu como um dos componentes essenciais dos processos de desenvolvimento de comunidades. Ao mesmo tempo, ao se afirmar como diferencial competitivo do século XXI, o conhecimento fez surgir a disciplina gestão do conhecimento que passou a trabalhar a interação social como elemento chave na gestão do conhecimento organizacional. O Administrador, ao compreender as interações que acontecem tanto nos processos de desenvolvimento local como, principalmente, nos processos de gestão do conhecimento organizacional, no contexto de uma economia globalizada que expõe as empresas e as comunidades a uma competição cada vez mais acirrada, dominará diferenciais que irão lhe conferir capacidade de intervenção em ambientes economicamente e socialmente complexos. A competitividade nesses ambientes implica em uma integração da ação entre indivíduos, organizações e comunidades empreendedoras no que diz respeito a sua prática e identidade.

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