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O que é a taxa de cruzamento de erros da biometria?

A “taxa de cruzamento de erros” é um termo usado em sistemas de biometria para descrever a probabilidade de que dois indivíduos distintos sejam erroneamente considerados como sendo a mesma pessoa pelo sistema biométrico. Em outras palavras, é a taxa na qual o sistema identifica incorretamente uma pessoa como sendo outra pessoa.

Existem duas principais taxas de erro associadas aos sistemas biométricos:

  1. Taxa de Falsa Aceitação (False Acceptance Rate – FAR): Esta é a taxa na qual o sistema erroneamente aceita um indivíduo como sendo uma pessoa diferente. Em outras palavras, é a probabilidade de que o sistema identifique incorretamente um impostor como sendo o verdadeiro usuário.
  2. Taxa de Falsa Rejeição (False Rejection Rate – FRR): Esta é a taxa na qual o sistema erroneamente rejeita um indivíduo legítimo, não reconhecendo-o corretamente. É a probabilidade de que o sistema não identifique corretamente o usuário autorizado.

A taxa de cruzamento de erros geralmente se refere à situação em que a FAR e a FRR são aproximadamente iguais, o que significa que há uma probabilidade semelhante de que uma identificação incorreta ocorra tanto para usuários legítimos quanto para impostores. Isso é particularmente problemático em sistemas de segurança, onde a identificação incorreta pode levar a consequências graves, como acesso não autorizado a informações confidenciais.

Os sistemas biométricos geralmente são avaliados com base nessas taxas de erro para determinar sua eficácia e segurança. Um sistema ideal teria taxas de FRR e FAR próximas de zero, minimizando assim o risco de identificações incorretas.

A maneira com que os usuários deslizam seu tablet ou smartphone pode ser usada como um mecanismo comportamental para a biometria?

Sim, o padrão de deslizamento ou toque em um tablet ou smartphone pode ser utilizado como um mecanismo comportamental para a biometria, também conhecido como biometria comportamental ou biometria dinâmica. Esse tipo de biometria se baseia nos comportamentos únicos e distintivos das pessoas ao interagir com dispositivos eletrônicos, como a maneira como deslizam o dedo na tela sensível ao toque, o estilo de digitação, a velocidade de digitação, entre outros.

O padrão de deslizamento ou toque pode ser capturado e analisado para identificar características individuais e distintivas do usuário. Algoritmos de aprendizado de máquina podem ser empregados para criar modelos comportamentais personalizados para cada usuário com base em seu padrão de interação. Esses modelos podem ser usados para autenticar e verificar a identidade do usuário no futuro.

No entanto, é importante notar que a biometria comportamental pode ser mais suscetível a alterações ao longo do tempo e a variações contextuais do que outras formas de biometria, como impressão digital ou reconhecimento facial. Portanto, é crucial realizar análises contínuas para garantir a precisão e a segurança desse tipo de sistema biométrico.

Isso é a mesma coisa da dinâmica swype?

Sim, a dinâmica Swype, ou simplesmente “Swype”, é um exemplo específico de como o padrão de deslizamento ou toque em um dispositivo móvel pode ser utilizado como um mecanismo comportamental para a biometria. O Swype é um método de entrada de texto em dispositivos touchscreen onde o usuário desliza o dedo de uma letra para outra para formar palavras, em vez de tocar em cada letra individualmente.

O padrão de deslizamento do usuário ao utilizar o Swype é único para cada pessoa e pode ser usado como uma forma de biometria comportamental para autenticação e verificação de identidade. Assim como outros tipos de biometria comportamental, como a maneira como o usuário digita ou interage com o dispositivo, o padrão de deslizamento do Swype pode ser capturado e analisado para criar um perfil comportamental único para cada usuário.

Portanto, embora “Swype” seja um exemplo específico de um método de entrada de texto que pode ser usado para biometria comportamental, o conceito geral de capturar e analisar o padrão de deslizamento ou toque em dispositivos móveis como um mecanismo de autenticação é parte integrante da biometria comportamental.

Jorge Abrão

Administrador especialista em gestão de negócios, controladoria, finanças corporativas, mercados financeiros e de Capitais e em engenharia de sistemas. É bancário desde 2012, tendo atuado em diversas áreas de agência, TI e por último em risco em segurança cibernética. Já atuou em consultorias empresariais, desenvolvedor de ferramentas gerenciais e professor de Excel Avançado.

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