As quatro dimensões da renovação dentro das empresas
O livro de Stephen R. Covey intitulado “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” aborda em seu último hábito “Afine o instrumento” as Quatro Dimensões da Renovação, o interessante é notar o paralelo que é feito por ele no âmbito das empresas, e sem sobra de dúvida, aqui nesse blog não deve faltar tal menção, confira a íntegra da página 364 e 365, e não deixem de ler esse maravilhoso livro:
“Na organização, a dimensão física se expressa em termos econômicos. A mental ou psicológica lida com o reconhecimento, o desenvolvimento e o uso do talento. A dimensão social/emocional tem a ver com as relações humanas, o modo como as pessoas são tratadas. E a dimensão espiritual lida com a descoberta do propósito, através do objetivo ou contribuição da organização, bem como de sua integridade.
Quando uma organização negligencia uma ou mais dessas áreas, há um impacto negativo em toda a empresa. As energias criativas que poderiam resultar em uma sinergia tremenda, poderosa, são usadas para lutar contra a organização, e se tornam forças restritas do crescimento e da produtividade.
Tive contato com empresas que o único interesse é o econômico – fazer dinheiro. Normalmente elas não alardeiam este propósito. Por vezes, até divulgam outros objetivos. Mas, lá no fundo, seu único desejo é ganhar dinheiro.
Sempre que me deparo com isso, também encontro uma grande quantidade de sinergia negativa, gerando coisas como rivalidade interdepartamental, comunicação defensiva e protegida, politicagem e teimosia. Não podemos viver com eficácia sem ganhar dinheiro, mas esta não é uma razão suficiente para a existência de uma organização. Não podemos viver sem comer, mas não vivemos só para comer.
Na outra ponto do espectro, vi organizações que se concentram quase que exclusivamente na dimensão social/emocional. Elas são, em certo sentido, uma espécie de experimento social, e não possuem critérios econômicos em seu sistema de valores. Não possuem medida ou padrão de eficácia e, como resultado, perdem toda a eficiência e, finalmente, seu lugar no mercado.
Encontrei muitas organizações que desenvolvem apenas três das dimensões – elas possuem um bom critério de serviços, bons critérios econômicos, bons critérios de relações humanas, mas não estão realmente empenhadas em identificar, desenvolver, utilizar e reconhecer o talento das pessoas. E se essas forças psicológicas deixam de ser levadas em conta, o resultado é uma autocracia benevolente. A cultura resultante refletirá diferentes formas de resistência coletiva, rivalidades, excessiva rotatividade e outros problemas culturais crônicos.
E eficácia empresarial, bem como a individual, requer o rápido desenvolvimento e renovação em todas as quatro dimensões, de um modo sábio e equilibrado. Qualquer dimensão neglicenciada criará um campo negativo de resistência, que se coloca no caminho da eficácia e do crescimento. Organizações e indivíduos que reconhecem a importância de cada uma dessas quatro dimensões em sua missão fornecem um poderoso quadro de referências para a renovação equilibrada.
Este processo de melhoria contínua é a marca registrada do Movimento para a Qualidade Total e a chave da primazia econômica do Japão.”