Administração

Como melhorar a produtividade

INTRODUÇÃO
Este trabalho acadêmico visa proporcionar um maior esclarecimento do que vem a ser produtividade, entendendo assim como fazer para melhorar a produtividade tanto no âmbito da indústria quanto no campo administrativo. Ele também proporcionará uma explicação sobre as vantagens de melhorar a produtividade nas organizações, o porquê de investir em tecnologia e inovação para que a produtividade seja cada vez maior. Com a produtividade vem também a noção de desperdício, o trabalho nos mostrará o que fazer para reduzir os desperdícios, porém sem diminuir a produtividade.
DEFINIÇÃO DE PRODUTIVIDADE
Produtividade é a redução do tempo gasto para executar um serviço, ou o aumento da qualidade de produtos elaborados, com a manutenção dos níveis de qualidade, sem o acréscimo de mão-de-obra ou aumento dos recursos necessários. Produtividade não é somente maior quantidade. É preciso avaliar a qualidade do serviço. Por exemplo: um digitador produzia a emissão de 10 relatórios por dia. Com formação específica, passou a produzir 15 relatórios por dia, com a mesma qualidade. Isto significa que houve um ganho de produtividade de 50%.
AS VANTAGENS DA PRODUTIVIDADE
As vantagens da produtividade podem ser analisadas sobre diferentes pontos de vista, cada qual para a entidade afetada:

  • Cliente: recebe os serviços dentro dos prazos, nas especificações corretas e com preço adequado, conforme combinado; pode sugerir melhorias para a empresa, adequando, cada vez mais, o serviço às suas necessidades;
  • Empresa: cria sistemas que permitem a produção padrão dos seus serviços, atendendo ao cliente de forma organizada e controlada; ganha fama, mais clientes e mais solidez no mercado;
  • Profissional: trabalho confiável, seguro e em ambiente saudável; as atividades são realizadas por todos de forma integrada e sob controle; desenvolvimento individual dos funcionários;
  • País: empresas sólidas, lucrativas e competitivas, preparadas para a concorrência internacional e geradoras de novos postos de trabalho.
A produtividade das empresas tem vindo a crescer nos últimos tempos devido a grande concorrência e a necessidade de fazer sempre melhor. Mas a produtividade baseia-se essencialmente na melhoria do sistema produtivo e dos seus outputs sem acrescer nada ao seu custo. Medir a produtividade de uma empresa é saber até que ponto ela é eficiente na utilização dos seus recursos.

Naturalmente a medição da produtividade é algo de bastante complicado já que é sensível a múltiplas variações do sistema. No entanto foram estabelecidos alguns rácios que permitem visualizar de forma bastante razoável o comportamento de uma empresa no mercado e, sobretudo na sua área de funcionamento. Abaixo estão alguns indicadores que permitem entender como se mede a produtividade:

  • Produtividade = output/imput;
  • Produtividade total = output total/imput total;
  • Multifactor productivity = total output/subset of imputs;
  • Parcial-factor productivity = total output/single imput;
  • Produtividade do trabalho = Número de horas de trabalho/Produção em quantidades;
  • Produtividade do capital = Vendas/Activo
Isto sugere naturalmente que as empresas tentam constantemente melhorar a sua produtividade daí a Idea de envolver as pessoas que fazem parte de um sistema na sua produtividade e benefícios resultantes através de incentivos.
REDUZIR OS DESPERDÍCIOS
As organizações atravessam um período de incertezas face aos últimos acontecimentos no mercado mundial. As organizações que fabricam e comercializam produtos de maior valor agregado são aquelas que estão sentindo os efeitos da “crise mundial” em maior escala – haja vista que no atual cenário de incertezas, para o Cliente ou Consumidor, qualquer aquisição de maior valor traduz-se em um investimento ou em abertura de uma linha de crédito, artigo escasso atualmente. Os produtos de menor valor agregado são aqueles que sentirão menos os efeitos da crise, em um primeiro momento, pois sempre haverá a necessidade de comprar artigos de primeira necessidade, como alimentos ou remédios. Claro, dentro destes segmentos, haverá uma tendência de queda, mas em função das pessoas buscarem pelos produtos mais baratos.

O que isso significa para as organizações? Que elas deverão priorizar os custos de fabricação. Para que a organização continue viável, ela terá que ser lucrativa e sem alterar preços. Algumas organizações estão aumentando seus preços em função dos custos e das dificuldades de aquisição de materiais – principalmente em função do aumento expressivo do dólar – mas sem pensar nas consequências a médio e longo prazo. O preço é ditado pelo Cliente e Consumidor, é eles que dizem o quanto estão dispostos a pagar por determinado produto, e não ao contrário. Algumas organizações ainda não compreenderam que mexer nos preços nem sempre é a melhor solução.

Para manter a lucratividade, a empresa tem que pensar em reduzir seus custos, seja eles de mão-de-obra, de equipamento ou de materiais e matéria-prima. Desenvolver fornecedores de materiais mais baratos parece ser a solução mais fácil, porém nem sempre é a mais eficaz. O maior impacto que uma empresa pode sentir em redução de custos é repensar seu processo de fabricação, procurar identificar os desperdícios e, consequentemente, as oportunidades de melhorias.

O caminho de “melhorias de produtividade” se divide em dois: o primeiro, onde buscamos os desperdícios do processo e, através de análises e aplicações de ferramentas de qualidade, buscamos a solução para o que chamamos de “causa e efeito”. A organização que não buscar a solução para os desperdícios terá maiores dificuldades em enfrentar a atual crise financeira mundial. Reduzir desperdícios significa aproveitar melhor os recursos dos quais a organização dispõe. Significa aumentar a produtividade. Muitas vezes, através de análises e melhorias, a organização é capaz de melhorar sobremaneira seus índices de produtividade sem a necessidade de adquirir novos equipamentos. Adquirir novos equipamentos, mais mão-de-obra e materiais da mais alta qualidade nem sempre significam melhorar a produtividade. Pelo contrário, corre-se o risco de aumentar os desperdícios sem não houver uma gestão destes recursos. O segundo caminho é buscar melhorar o que já existe “Kaizen” (do japonês 改 善, mudança para melhor é uma palavra de origem japonesa com o significado de melhoria contínua, gradual, na vida em geral, pessoal, familiar, social e no trabalho), seja disponibilidade de equipamento, desempenho do equipamento e o índice de qualidade. Pequenas melhorias localizadas que possam influenciar no processo como um todo.

As empresas que procuram navegar na contramão da crise com certeza sairão mais fortalecidas dela. Processos mais enxutos, mais limpos, com menos desperdícios e, fundamentalmente, pessoas treinadas, capazes e motivadas. Qualquer processo de melhoria de produtividade tem que levar em conta o fato “humano” das organizações. Pensar nas necessidades dos funcionários, o que os motiva, treiná-los e capacitá-los. Proporcionar-lhes um bom ambiente de trabalho – isso significa pensar em condições de trabalho, como uniformes, temperatura do ambiente, limpeza, organização, pensar em sua segurança e seu bem-estar. Melhorar o desempenho do equipamento garantindo maior produção, adquirir materiais de menor preço ou reduzir o tempo de produção não garantirá uma melhoria de produtividade se o fator humano não for amplamente considerado.
LÓGICA DO GANHO
O conceito de Produtividade amplia o escopo dos aspectos relativos à eficiência do processo produtivo de uma empresa. Como a variável-chave da produtividade é o valor adicionado por esse processo, a sua gestão deixa de ter natureza operacional e transforma-se no eixo de formulação das estratégias da empresa. O quadro analítico da produtividade, de seus fatores determinantes e de suas relações com a lucratividade passa a ser o referencial de planejamento estratégico da empresa. O desempenho do valor adicionado não só é determinado por fatores internos à empresa (gestão, padrão tecnológico, entre outros), mas também por fatores que relacionam a empresa ao seu ambiente externo, tanto micro (estruturas de mercado, disponibilidade de infraestrutura logística), quanto macroeconômico (taxa de juros, taxa de câmbio, etc.).

Além disso, dada sua perspectiva conceitual e metodológica, a Produtividade desloca a empresa de uma lógica estritamente baseada em custos, para a lógica do ganho. Nessa lógica, o fundamental é gerar valor adicionado, o que pode ocorrer mesmo em situação de custos crescentes. Em certos casos, o aumento de custos pode ser um requisito para o aumento mais do que proporcional do valor adicionado, por exemplo, gastos em Pesquisa e Desenvolvimento de inovações de produto ou processo.

Finalmente, na perspectiva da produtividade, as despesas com salários, em geral contabilizadas como elementos de custos, são analisadas como uma parcela do valor adicionado gerado pelo processo produtivo. Assim, a determinação dessa parcela está relacionada aos aspectos relativos à distribuição funcional desse valor entre lucros, salários, juros, aluguéis e impostos. Nessa perspectiva, é possível romper a aparente dicotomia entre aumento da taxa de lucro/redução da massa salarial ou aumento da massa salarial/redução da taxa de lucro: em condições de crescimento do valor adicionado é possível definir trajetórias convergentes de aumentos da taxa de lucros e da massa salarial.
CONCLUSÃO
Após todas as pesquisas realizadas nas mais variadas fontes sobre o assunto em questão, podemos concluir que o aumento da produtividade traz amplos benefícios para as organizações, percebemos que este aumento juntamente com a redução de desperdícios leva a empresa entrar num processo onde reduz custos e que no final poderá se transformar em benefícios para os próprios colaboradores. Vimos que a tendência das empresas é sempre melhorar e se desenvolverem à medida que esta melhora sua produtividade, e cada vez mais se fortalece no mercado e se torna uma empresa mais competitiva.

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