Indicadores na Gestão do Capital de Giro
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Em recente postagem eu coloquei disponível aqui no blog uma planilha do Excel capaz de realizar as análises do capital de giro de uma empresa de forma automática, gerando inclusive gráficos e com a explicação do que é cada indicador. Para você que não quer realizar o download no post Gestão do Capital de Giro, poderá conferir abaixo os indicadores e a explicação do seu cálculo, bem como o que ele é capaz de medir.
Capital Circulante Líquido – CCL
O que este índice mede?
Este índice mede a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante da empresa. Apresenta se existe folga nos ativos de curto prazo em relação aos passivos de curto prazo.
Necessidade de Investimento em Giro – NIG
O que este índice mede?
O NIG revela o montante de recursos financeiros que a empresa necessita para financiar seus itens operacionais. Ele é encontrado subtraindo o Ativo Circulante Operacional (Contas a Receber, Estoques, IR e Com. Soc a Recuperar etc.). Quando a NIG for menor que o CCL, a empresa possui recursos suficientes para financiar o giro dos itens operacionais.
Necessidade Total de Financiamento Permanente – NTFP
O que este índice mede?
O NTFP é o montante de recursos de longo prazo necessários para financiar as atividades da empresa. Como o NTFP é o montante mínimo de passivo permanente que a empresa deve manter visando lastrear seus investimentos em giro e fixo, esse indicador torna-se fundamental para o equilíbrio financeiro. Caso o passivo permanente não supere a necessidade total de financiamento permanente, há indicativos de dificuldades financeiras que geralmente são motivadas pelo desajuste entre os prazos maiores de investimentos (ativos) em relação à maturidade dos passivos.
Saldo do Disponível – SD ou ST (Saldo Tesouraria)
O que este índice mede?
O saldo do disponível funciona como uma reserva financeira para fazer frente a eventuais expansões da necessidade de investimento operacional em giro, principalmente aquelas de natureza sazonal. Assim, necessidades transitórias de investimento em giro podem ser cobertas até o limite do saldo disponível existente. Esta situação, no entanto, deve ser interpretada como de caráter temporário, prevendo-se o restabelecimento rápido do saldo de disponível. Assumindo um caráter mais de longo prazo, o investimento adicional em giro deve ser financiado com passivos de maturidade compatível (longo prazo), de maneira a não reduzir a margem de segurança da empresa pela eliminação de seu saldo de disponível.
Prazo Médio de Estocagem de Matéria-prima – PME
O que mede o PME?
Como o próprio nome diz, o Prazo Médio de Estocagem de Matéria-Prima (PME) mostra através do cálculo (Estoque/Custo dos Produtos Vendidos)*360 dias o tempo médio que a matéria-prima está sendo estocada no ano.
Prazo Médio de Cobrança – PMC ou PMR
O que mede o PMC?
Como o próprio nome diz, o Prazo Médio de Cobrança ou Prazo Médio de Recebimento (PMC) ou (PMR) mostra através do cálculo (Contas a Receber/Receita de Vendas) *360 dias, o tempo médio que a empresa leva para receber dos seus clientes em um determinado ano.
Custo das Mercadorias Vendidas – CMV
O que é possível analisar com esses dados?
Com os dados acima é possível analisar o Estoque Inicial e Final da Empresa, e o Custo Líquido (sem o estoque anterior) do Estoque, ou seja, as compras do ano. No gráfico a direita podemos entender claramente se houve ou não evolução do estoque de um ano para outro.
Prazo Médio de Pagamento – PMP
O que mede o PMP?
Como o próprio nome diz, o Prazo Médio de Pagamento (PMP) mostra através do cálculo (Contas a Pagar/Compras do Ano)*360 dias, o tempo médio que a empresa leva para pagar seus fornecedores em um determinado ano.
Ciclo de Caixa – CC
O que mede o CC?
O Ciclo de Caixa (CC) NEGATIVO mostra o tempo médio que o fornecedor está financiando o caixa, ou seja, a empresa consegue receber de seus clientes e girar o seu estoque mais rápido do que paga seus fornecedores. Já o CC POSITIVO mostra uma deficiência no caixa, ou seja, a empresa está pagando seus fornecedores mais rápido do que recebe de seus clientes e gira o seu estoque, nesse caso, a empresa enfrentará problemas para manter seu caixa, ou terá que mudar sua política com seus clientes ou fornecedores, ou terá que mudar a política de estocagem, ou dependerá da ajuda de capital de terceiros (novo investidor ou empréstimos bancários).
Giro de Caixa – GC
O que mede o GC?
O Giro de Caixa (GC) mostra o número de vezes por ano que o caixa da empresa se renova. Quanto maior for o giro de caixa, menor será a necessidade de caixa para suportar as operações. O GC deve ser maximizado, sem no entanto, incorrer no risco da falta de recursos. Se o CC for negativo o GC também será, dessa forma ele deve ser desconsiderado devido a empresa estar em excelente posição em sua política de pagamento com seus fornecedores.
Caixa Mínimo Operacional – CMO
O que mede o CMO?
O Caixa Mínimo Operacional (CMO) é o capital de giro próprio necessário para movimentar o negócio. Representa o valor em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa. Corresponde a uma reserva inicial de caixa. Se o CMO for negativo ele irá representar a folga que a empresa tem no seu caixa quanto ao pagamento dos seus fornecedores.
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Excelente material. Obrigado por disponibilizar.
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